Ninguém me fez gostar de ler, eu li e gostei. Não tenho nenhum livro em especial. Especial para mim é ler
terça-feira, 21 de abril de 2015
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Testamento
Não sei quanto tempo
me resta
Faço agora o meu
testamento
Não quero ser pega
de surpresa
Pensando melhor, não
tem jeito!
Bem, não quero
conflitos depois da minha partida
Por isso reparto
assim os meus bens
Minhas raivas,
mágoas e tristezas
Levo comigo
Não deixo para
ninguém
Lembranças, saudade
e falta
Deixo um pouquinho
para cada um que me ama
Mas só um pouquinho
Meu amor, sorrisos e
alegrias
Deixo para todos que
me conheceram
Até para os que de
mim não gostaram
O bem e o mal que
fiz
Também levo comigo
Não, pensando
melhor...
O bem eu deixo,
deixo para quem eu fiz bem
Para que possa
passar adiante
Quanto ao material
As coisas pequenas
Que nenhum parente
ou amigo
Fique com nada
Que tudo seja doado
Não quero me
transformar em objeto do passado
Coisa para se
debruçar e chorar
As coisas materiais
de mais valor
Que sejam vendidas
E o valor dividido
para os com quem convivi
A minha família mais
chegada
Repito, não quero
virar objeto do passado
Quero viver na
memória
Mesmo assim só de
vez em quando
Trazendo nos lábios
um sorriso
E no coração a
alegria
Não quero velório
Ninguém chorando
Vivi o que tinha que
viver e pronto
Que ninguém seja
deus do meu tempo
Vou descansar nos
braços do Pai
Disso eu tenho
certeza
Por isso, logo que
possível
Aceite que eu seja
feliz
Não seja egoísta
Querendo tirar de
mim a oportunidade de ser feliz
Vou morrer, mas vou
viver para sempre
Com meu Salvador
Catharyna Lima
EM BUSCA DAS PALAVRAS CERTAS
Há momentos em que precisamos de palavras que nos animem.
Diante de uma doença, em nosso corpo ou no corpo de uma pessoa querida, precisamos de palavras que nos estimulem a lutar pela vida.
Há momentos em que precisamos de palavras que nos despertem.
Diante do erro em que nos metemos ou dos caminhos equivocados que nos soam como bons, precisamos de palavras que nos mostrem melhores itinerários.
Há momentos em que precisamos de palavras que nos confortem.
Diante da perda de uma pessoa que era parte de nossa história, dilacerada agora por sua presença esculpida com a certeza dolorosa da saudade, precisamos de palavras que colham as nossas lágrimas.
Há momentos em que precisamos de palavras que nos alegrem.
Diante de uma festa, para celebrar um nascimento, um aniversário, um casamento, uma vitória, precisamos de palavras que se juntem à nossa celebração.
Dizer essas palavras exige de nós um coração que se importa com a vida do outro, que não se alimenta de palavras feitas, mas de palavras produzidas pelo sentimento verdadeiro.
Dizer palavras verdadeiras exige de nós sabedoria para aparar a sedução dos excessos e conter a tentação das mentiras.
Palavras que animam, despertam, confortem ou alegrem não podem doer, amargurar ou matar.
Por isto, em muitos casos, nossas palavras para estas pessoas precisam ser mínimas ou mesmo nenhumas, porque simplesmente substituídas por abraços generosos.
Antes de lhes falar, precisamos pensar as palavras que vamos dizer. Para pensar palavras que tragam vida, precisamos orar, pedindo a Deus sabedoria, coragem, solidariedade e alegria.
Desejo-lhe um BOM DIA.
Israel Belo de Azevedo
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