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terça-feira, 26 de abril de 2016

Um Dia de Cada Vez

         Pois é, estamos de novo aqui, eu e a Cinderela Débora. Esse é o livro da vez e logo de cara a dona Cinderela reclamou, mas que coisa feia! Um livro lindo desse. Na na ni na não! Não creio que ela reclamou. Vou puxar a sardinha para meu lado: Alexi realmente não é lá grandes coisas, mas é adolescente com trauma e bem justificável, e Bodee, ahhhhh Bodee é um doce totalmente amável. Os dois trazem dentro de si, um mundo escondido debaixo dos destroços de suas vidas (ai que poético!), a música, o amor e o consolo. Isso os uniu e é muito lindo. Por isso dona Cinderela, esse ponto é meu!! Nem vem.

Livro: Um Dia de Cada Vez - Faking Normal # 1
Autor: Courtney C. Stevens
Editora Suma de Letras
231 páginas
4 estrelas

Sinopse:
Alexi Littrell era uma adolescente normal até que, em uma noite de verão, sua vida é devastada. Envergonhada, a menina começa a se arranhar e a contar compulsivamente uma tentativa de fazer a dor física se sobrepor ao sofrimento que passou a esconder de todos. Ela só consegue sobreviver ao terceiro ano do ensino médio graças às letras de música que um desconhecido escreve em sua carteira. As canções parecem adivinhar o que o coração de Alexi está sentindo.
Bodee Lennox nunca foi um adolescente normal, mas agora é o menino que teve a mãe assassinada pelo pai. Em seguida, ele vai morar com os Littrell, e Alexi acaba descobrindo que o Garoto Ki-Suco, o quieto e desajeitado menino de cabelos coloridos, pode ser um ótimo amigo.
Em Um dia de cada vez, Alexi e Bodee, ao mesmo tempo em que fingem para o resto do mundo que está tudo bem, passam a apoiar um ao outro, tentando viver um dia de cada vez.


Logo no início do livro li uma frase que fala uma verdade:
O amor no lápis é mais seguro que o amor na vida”

É Alexi quem narra a história, e conforme ela vai narrando vamos descobrindo que ela esconde algo grave que aconteceu com ela, em paralelo ela de uma forma estranha se preocupa com Bodee, que parece ser um cara bem esquisito, e também mantém um contato com um cara através de letras de músicas na carteira da sala de aula, ela não sabe quem é. Bodee também está passando por uma barra pesada e acaba indo morar na casa de Alexi.
A princípio eu achei todos os personagens chatos e esquisitos. Mas a Alexi a medida que a história vai se desenrolando, ela vai se mostrando e de certa forma conquistando a gente, mas é bom lembrar que ela é só uma adolescente, com isso a gente entende as coisas burras que faz. Bodee não demonstra ser o que ele é de verdade. Essas coisas desperta na gente o interesse de saber mais, de conhecer melhor. Aí não tem jeito, grudamos na leitura.
E a história de Bodee é forte, dá vontade de abraçar e beijá-lo, quando ele conta. O que Liz, amiga de Alexi, diz a respeito dele é verdade:

Mas o segredo de Alexi é grave e justifica seu sofrimento e suas reações.
Bodee e Alexi entram um no outro o porto seguro, a força que eles precisam para encarar suas realidades.
É um livro lindo, com romance doce, superação de dor, família, amizade. Recomendo.
Bodee meu lindo e fofo, sentirei saudade da sua doçura.
Bjoo




A vez da Cinderela

Este foi mais um livro lido por nós duas para um Versus. Desta vez eu escolhi o livro de uma lista que a Janise tinha, então vamos lá.
Quando fui escolher o livro a partir de uma lista interminável que a Janise me deu, procurei no Skoob e observei que "Um dia de cada vez" não era uma série e estava com uma pontuação de 4.4. Então pensei "Yeah, será esse e vai ser muito bom!"
Iniciei a leitura, sem ler a sinopse. Sim, faço muito isso! Principalmente quando gosto da capa. O livro não é longo, são 231 páginas, mas quando estava lá pela 50, chamei Dona Janise e já fui logo reclamando que o livro era muito paradão e a protagonista uma chata! Ela me respondeu que estava gostando, então continuei.
Alexi, a mocinha, demonstrava uma personalidade fraca, totalmente influenciável, não sabia dizer não, mas quando realmente não queria algo inventava uma desculpa e algumas vezes conseguia sair de situações em que se sentia acuada, noutras suas mentiras não funcionavam e era levada de um lado a outro igual uma boneca de pano. Bem, eu já estava bastante chateada com Alexi, apesar de saber que ela havia vivenciado uma situação traumática e por isso estava com problemas mentais causados pelo trauma. Ela tinha transtorno obsessivo compulsivo e algumas vezes entrava em pânico, que a deixava paralisada. Entra então na estória o Bodee. Um menino calado, pobre, que perdeu sua mãe e em consequência o pai. Bodee é o diferencial no livro, ele, mesmo tendo sofrido uma tragédia em sua família, o que o devastou, consegue ser um ponto de apoio, suporte e inspiração para Alexi e ela para ele. Os dois estão quebrados, e enfrentarão seus temores juntos. E apesar de imaginarmos que daí pode sair um romance, Alexa nutre sentimentos por alguém que lhe deixa trechos de músicas em sua cadeira da escola e isso dificulta um pouco nossos anseios de leitores românticos.
Bem, depois que Bodee passou a fazer parte da vida de Alexi, eu passei a gostar mais do livro, ele ficou um pouco mais dinâmico e envolvente. Porém, o que me deslumbrou mesmo foi a temática abordada no livro: o trauma causado à vítima de um estupro. Isso não é spoiler, logo no início do livro entendemos que isso aconteceu à Alexi, só não sabemos quem foi o agressor e nem o tipo exato da violência.
Assim, conseguimos dar um desconto à Alexi, por sua personalidade fraca, justificada pela violência sofrida e não só pela que a deixou com TOC, mas por várias outras vividas enquanto criança.
Um alerta aos pais, amigos, familiares a violência psicológica e sexual está em todo lugas, as vezes onde nem imaginamos, é difícil de se perceber e as vítimas nem sempre conseguem delatar seus agressores, estar atento e evitar situações que deixem a criança ou adolescente em situação de rico é o mínimo que podemos fazer para prevenir tais crimes. Não vou me alongar mais, pois gosto de falar sobre esses assuntos, apesar de me deixarem muito mal. 
A vítima de violência, cujos traumas a impedem de viver e muitas vezes de saírem do ciclo vicioso onde estão inseridas, tem que viver um dia de cada vez e com ajuda, conseguirão se libertar, mas tudo tem que partir dela, o resto será só suporte para suas decisões.
Então, afinal de contas, indico sim o livro. 
Então, e foi assim, eu amei e Débora... bem, Débora precisa ser mais boazinha! kkkkkkkkkkkkkk
Bjoo até a próxima

Ahhhh Débora, ponto pra mim e nem vem! Cuidado que eu roubo seu sapatinho!!

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