097/200
Livro:
Devil
Autor:
Ker Dukey
209
páginas
4
estrelas
Sinopse:
Evi
Devil.
Sim,
esse realmente é o meu nome.
Eu
entendo a ironia.
Fui
criada a partir de duas almas malignas e tenho um nome que prova
isso.
Devotos
do diabo, pervertidos, assassinos. Todos estes termos são usados
para descrever os pais de quem me recuso a lembrar. Minha mente não
permite.
E
por que eu ia querer isso?
Alguém
que nasce com sangue sujo percorrendo em suas veias, nunca terá sua
tonalidade escurecida verdadeiramente limpa.
Não
importa o que tentem dizer sobre o que aconteceu no meu passado,
minha mente não permite que eu acesse isso, portanto, como eu
saberei o que é verdade?
Como
posso acreditar que foi daquilo que eu nasci?
Vislumbres
do meu passado me assombram, gritos de terror ecoam na escuridão
silenciosa das minhas lembranças, tentando fazer com que eu lembre
que minha Mãe foi de quarto em quarto massacrando nossa família.
Com
as cicatrizes aprendi que sofri abuso e que meu Pai e meus irmãos
não foram as únicas vítimas da minha Mãe.
Ouvi
o que eles me contam.
Li
as palavras impressas nos jornais. Nada disso me preparou para o que
está por vir.
Minha
maior lição é aprender que algumas memórias estão reprimidas por
um bom motivo.
Um
livro totalmente diferente das minhas leituras. Uma loucura. A
história nos prende desde o início, mas não que seja bom, mas pela
curiosidade. Foi bom, porque foi curto, se fosse mais longo eu
abandonaria. Se indico? Hummm… pode ler, se você vai gostar é
outra história.
Em
nenhum momento gostei da protagonista, Evi, mas isso não se faz
necessário. Ela tem alguma coisa que nos deixa com o pé atrás e,
com o desenrolar da história vamos tendo a certeza de que há algo
errado com ela. E de fato, a medida que as verdades são reveladas,
fico meio surpresa, pois as verdades vão além, muito além. E elas
são duras, fortes, doídas, chocantes.
Evi
é um personagem complexo, acho que é isso que nos prende na
leitura. A sua realidade, sonho, lembranças tudo se mistura.
E
o final, bem, o final, a gente não sabe ao certo se o bem venceu,
nem mesmo se o bem era bem de verdade. Nem sei se tem bem nessa
história. É uma história que nos cala no final.
E
foi isso.
Bjoo.
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