Livro:
Dias Perfeitos
Autor:
Raphael Montes
280
páginas
4
estrelas
Sinopse:
Téo
é um solitário estudante de medicina que divide seu tempo entre
cuidar da mãe paraplégica e examinar cadáveres nas aulas de
anatomia. Durante uma festa, ele conhece Clarice, uma jovem de
espírito livre que sonha tornar-se roteirista de cinema. Ela está
escrevendo um road movie sobre três amigas que viajam em busca de
novas experiências. Obcecado por Clarice, Téo quer dissecar a
rebeldia daquela menina. Começa, então, uma aproximação doentia
que o leva a tomar uma atitude extrema. Passando por cenários
oníricos, que incluem um chalé em Teresópolis e uma praia deserta
em Ilha Grande, o casal estabelece uma rotina insólita, repleta de
tortura psicológica e sordidez. O efeito é perturbador. Téo fala
com calma, planeja os atos com frieza e justifica suas atitudes com
uma lógica impecável. A capacidade do autor de explorar uma psique
doentia é impressionante – e o mergulho psicológico não impede
que o livro siga um ritmo eletrizante, repleto de surpresas, digno
dos melhores thrillers da atualidade. Dias perfeitos é uma história
de amor, sequestro e obsessão. Capaz de manter os personagens em
tensão permanente e pródigo em diálogos afiados, Raphael Montes
reafirma sua vocação para o suspense e se consolida como um grande
talento da nova literatura nacional.
No
início do livro a gente já percebe que o rapaz tímido e retraído
é muito mais que isso, e não demora muito ele vai se revelando,
para meu desespero. No entanto, Téo é romântico, educado,
atencioso e apaixonado, isso não tem como negar, mas… sempre o
“mas”… ele vai além, ao extremo.
“ Quem
não gostaria de mostrar que poderia ser diferente, que a história
de amor poderia dar certo? Ele apenas fazia o que todos já tinham
desejado fazer. Havia criado para si a chance de estar próximo de
Clarice, de deixar que ela o conhecesse melhor antes do “não”
definitivo. Era ousado e corajoso. Agora, colhia os frutos da
empreitada”.
Simples
assim né? Hummmm vai pensando!
E
como reagir quando a gente encontra um homem que pensa assim:
“...
O que Clarice não entendia é que tê-la por perto já era
suficiente. Não precisava de carinhos nem de beijos nem de sexo. Só
queria que ela fosse dele, como um livro de fotografia na mesa de
centro”.
Quanto
amor!! O meu conselho depois de ler esse livro é: FUJA!!!
Mas
acontece que também chega a hora de Clarice demonstrar seus
sentimentos, e ela expressa com bastante “emoção”. E pensamos:
agora chegou a vez dela! Revenge!!
Pensamos:
- como ele vai escapar dessa? E Raphael Montes dá um jeito, lógico
(vai saber o que se passa na cabeça desse escritor!!)
A
forma como Raphael escreve eu acho fantástica, dá até para sentir
empatia por quem não devíamos. Ele vai escrevendo com carinho,
paciência e revelando os verdadeiros sentimentos do psicopata, há
uma preocupação com isso. É um livro que a gente “bebe”
devagar, por ser forte, mas a ânsia em continuar é pulsante.
Para
quem gosta de psicopata esse livro é um achado e tanto!
Recomendo!
Bjoo
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