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sábado, 19 de dezembro de 2015

Dias Perfeitos

Livro: Dias Perfeitos
Autor: Raphael Montes
280 páginas
4 estrelas

Sinopse:
Téo é um solitário estudante de medicina que divide seu tempo entre cuidar da mãe paraplégica e examinar cadáveres nas aulas de anatomia. Durante uma festa, ele conhece Clarice, uma jovem de espírito livre que sonha tornar-se roteirista de cinema. Ela está escrevendo um road movie sobre três amigas que viajam em busca de novas experiências. Obcecado por Clarice, Téo quer dissecar a rebeldia daquela menina. Começa, então, uma aproximação doentia que o leva a tomar uma atitude extrema. Passando por cenários oníricos, que incluem um chalé em Teresópolis e uma praia deserta em Ilha Grande, o casal estabelece uma rotina insólita, repleta de tortura psicológica e sordidez. O efeito é perturbador. Téo fala com calma, planeja os atos com frieza e justifica suas atitudes com uma lógica impecável. A capacidade do autor de explorar uma psique doentia é impressionante – e o mergulho psicológico não impede que o livro siga um ritmo eletrizante, repleto de surpresas, digno dos melhores thrillers da atualidade. Dias perfeitos é uma história de amor, sequestro e obsessão. Capaz de manter os personagens em tensão permanente e pródigo em diálogos afiados, Raphael Montes reafirma sua vocação para o suspense e se consolida como um grande talento da nova literatura nacional.

No início do livro a gente já percebe que o rapaz tímido e retraído é muito mais que isso, e não demora muito ele vai se revelando, para meu desespero. No entanto, Téo é romântico, educado, atencioso e apaixonado, isso não tem como negar, mas… sempre o “mas”… ele vai além, ao extremo.
Quem não gostaria de mostrar que poderia ser diferente, que a história de amor poderia dar certo? Ele apenas fazia o que todos já tinham desejado fazer. Havia criado para si a chance de estar próximo de Clarice, de deixar que ela o conhecesse melhor antes do “não” definitivo. Era ousado e corajoso. Agora, colhia os frutos da empreitada”.
Simples assim né? Hummmm vai pensando!
E como reagir quando a gente encontra um homem que pensa assim:
... O que Clarice não entendia é que tê-la por perto já era suficiente. Não precisava de carinhos nem de beijos nem de sexo. Só queria que ela fosse dele, como um livro de fotografia na mesa de centro”.
Quanto amor!! O meu conselho depois de ler esse livro é: FUJA!!!
Mas acontece que também chega a hora de Clarice demonstrar seus sentimentos, e ela expressa com bastante “emoção”. E pensamos: agora chegou a vez dela! Revenge!!
Pensamos: - como ele vai escapar dessa? E Raphael Montes dá um jeito, lógico (vai saber o que se passa na cabeça desse escritor!!)
A forma como Raphael escreve eu acho fantástica, dá até para sentir empatia por quem não devíamos. Ele vai escrevendo com carinho, paciência e revelando os verdadeiros sentimentos do psicopata, há uma preocupação com isso. É um livro que a gente “bebe” devagar, por ser forte, mas a ânsia em continuar é pulsante.
Para quem gosta de psicopata esse livro é um achado e tanto!
Recomendo!
Bjoo

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