Livro:
Um
Casamento Quase Real - Real
# 1
Autor:
Míddian
Meireles
498
páginas
4
estrelas
Sinopse:
Stephanne
di Montalcino, é uma jovem recém-formada na Universidade de Nova
York, onde viveu nos últimos quatro anos. Ela mesma se considera
mimada, impulsiva e dona de um péssimo temperamento. Viveu cercada
de luxo, adora uma balada e tem uma compulsão por compras. Mas o que
a diferencia das outras jovens? Basicamente o fato dela ser a
princesa de um rico pequeno Pais Europeu, a Campavia.
Théo
Caravaggio, é um rapaz que foi criado dentre as leis rígidas da
nobreza Campaviana. Depois de duas graduações em Cambridge, como
braço direito do Primeiro-Ministro do seu país, seu pai, ele
planeja seu próprio futuro político.
E
agora os dois vão descobrir que seus destinados foram traçados,
antes mesmo de nascerem.
Eu
li algumas resenhas antes de começar esse, mas foi só uma lida
rápida para não perder a graça, e me animei. Pensei quem sabe é
um romance mais sério. Só que o início me desanimou, como a
escrita é muito boa e flui muito bem resolvi continuar.
Mas
por que me desanimou? Por que a história começa com Stephanne e
Théo crianças, 6 e 8 anos, depois pula para 12 e 14 anos de idade,
mas esse não é o problema, o problema é que o pensamento e
sentimento deles, não consegui encaixar um beijo de uma menina com
12 anos com todo aquele sentimento e pensamento. Mas sou velha, minha
mente pode estar enferrujada, quem sabe?! Sem contar que Stephanne é
uma feminista chata e mandona, já criança. Coisa que eu não gosto
é feminista e machista, duas porcarias tentando um ser melhor que o
outro ou ter razão. Para eles usar o bom senso nunca vem ao caso.
Stephanne
a princípio não é uma personagem fácil de se gostar, ela se
transformou em uma vadia total, isso sendo suave. Ela foi para os
Estados Unidos fazer faculdade, depois de ter ido estudar em um
colégio interno na Suíça. Até perdeu a conta dos professores com
quem dormiu, foi presa, internada em coma alcoólico, pegou namorado
de amiga. Pior que puta, Deus me livre! No meu tempo essa aí seria
rotulada de “menina estragada”, “mais que rodada”.
E
depois de formada Stephanne voltou para casa. Agora ela teria que
assumir a sua posição no principado. Seu pai avisou que ela só
receberia sua mesada e cartões de acordo com o trabalho realizado e
que os dias de folia louca acabaram. Ela não gostou e estava
resistindo, inclusive fugindo do castelo escondida. Gente, ela é uma
pessoa doida!
Théo
também narra a história, ele é mais centrado, responsável e muito
ligado ao trabalho. Ahh também tem um ex chiclete que não larga do
pé.
Na
primeira vez que Stephanne e Théo se viram foi de longe(depois que
ela voltou dos Estados Unidos), mas sem um ver que outro estava
olhando e eles já gostaram do que viram. O segundo encontro foi
quando ele atropelou-a (ou atropelou ela, escolhe), mas um não sabia
quem era outro, primeiro porque fazia anos que eles não se viam e
segundo porque ela estava disfarçada com peruca. E foi desastroso
porque ela é uma pessoa grosseira, mas ela ficou derretida pelo
“Príncipe Encantado Ogro”.
É
quase impossível ler o livro no início e não ficar com raiva da
Stephanne, ela é vulgar demais, sem noção.
E
é inevitável o convívio entre os dois, porque Théo foi designado,
pelo rei, para ensinar a Stephanne todas as coisas que ela precisa
saber quanto ao seu principado. E a interação entre eles é um jogo
pesado, sempre uma disputa para ver quem está no comando e eles
ainda tem que lutar contra a forte atração que um sente pelo outro.
Isso tem um “quê” de divertido e a gente sempre fica na
expectativa do que virá.
Definitivamente
a escrita da Míddian
Meireles torna a leitura prazerosa e divertida. Quase impossível
para de ler.
E
esse casal é muito divertido, não há nada de chato, cansativo ou
repetitivo. Bem, a uma certa altura aparece aquela coisa, sabe aquela
coisa que tem parte com o cão? É, isso mesmo, a ex do Théo, (ex é
dose!!) quando tudo estava se acertando, só avisando que o
relacionamento deles não é nada convencional, ela aparece, prepara
a cilada e a Stephanne
cai.
Só que aí a coisa ficou feia, Stephanne
extrapolou
os limites e Théo deu um fim. Aí sim Stephanne
começou
a ponderar sua vida (nada como a água bater na bunda para começar a
temer).
Agora
uma coisa que eu odiei, mas odiei e achei não tinha nada a ver foi o
que a melhor amiga dela, a Lourdes, fez. Achei o fim da picada! A meu
ver ela foi maior traíra, sem código de amiga. Acontece que a
“traição” de Lourdes é o de menos, há segredos que mais tarde
o Rei Edward, o pai de Stephanne
revela
a ela (romance sem segredo? É ruim heim!)
E
o
pedido de casamento? Ai que lindo! Coisa de
príncipe.
Isso não é spoiler, o título do livro. E
o casamento? Mais lindo ainda, mas… mas… caraca velho! Eu falei
de um segredo antes né? Pois é, mas o negócio é um emaranhado só.
É segredo e armação pra tudo quanto é lado, e o sonho de
Stephanne
e
Théo quase
vai
para o lixo! I.NA.CRE.DI.TÁ.VEL.
E
depois desse segredo que na verdade a princípio a gente não sabe
(armação da autora), passamos boa parte da leitura quebrando a
cabeça tentando desvendar e montar peças, uma agonia! Uma
parte a gente descobre, mas olha essa história parece aquele
programa de TV “Casos de Famílias”, sabe qual é? Aquelas coisas
bizarras entre familiares, pois é, só que aqui é Casos de Família
Real, é só confusão, um emaranho louco. A escritora deve ter
assistido muito esse programa e mais o programa do Ratinho, sério.
Tem
uns furos loucos, porque acontece tanta coisa com a família real e o
povo nem sabe. A princesa não tem educação nenhuma, nem
educação nem classe, diria que ela vulgar ao extremo.
Mesmo assim a gente se diverte com ela e com Théo.
Gostei
muito de ler essa bagunça louca. É uma leitura gostosa, divertida e
rápida. Um livro que apesar de romance tem suspense também e um
certo quebra´cabeça.
Vou
sentir falta dessa doideira.
E
foi assim.
Bjoo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente, sim, comente!