A Casa de 365 Janelas

 

100

Livro: A Casa de 365 Janelas

Autor: Deo Saraiva

212 páginas

3 estrelas

Sinopse

Noêmia, advogada bem-sucedida, professora universitária, negra e herdeira de uma fazenda no Vale do Café, precisa resolver o conflito entre mais de uma centena de herdeiros que também disputam a propriedade.

O romance ficcional volta no tempo para contar a saga da casa de 365 janelas, com 200 anos de história, portentosa construção de seis mil metros quadrados, toda em pau-a-pique – a maior da época do Brasil Colônia.

A história narra o amor nos rudes tempos coloniais, a arrogância dos barões e o sofrimento dos negros trazidos da África, responsáveis pelos primórdios do desenvolvimento da economia brasileira. A reprodução de escravos e a maldição sobre a Fazenda Amoreiras; a coragem da frágil Viscondessa Maria Francisca frente ao machismo do marido; a esperança da escrava Diara para reencontrar o filho Daren, vendido como escravo aos oito anos de idade; e os amores furtivos por trás dos muros da fazenda formam o pano de fundo da casa com 365 janelas – uma para cada dia do ano; 52 quartos – um para cada semana do ano; e 12 salões.

Confesso que estranhei a escrita, é mais um relato que uma história contada, um romance, é parecido com jornal. Acho que isso colocou uma certa distância entre o leitor e o escritor, na verdade, com a história em si. O tema não é meu preferido, porque me dói o coração.

A história conta sobre a construção da casa com 365 janelas e tudo que a envolve, assim como a época, usos e costumes, religião, escravos, crueldade, brancos, a própria construção e envolvidos com ela.

Muitos relatos são fortes, chocantes, muitas vezes parece um texto histórico para estudiosos. Em outros momentos somos presos nos acontecimentos relatados, mas senti falta de uma maior emoção e envolvimento com os personagens. Aliás, são muitos personagens. E o tempo percorrido é longo demais.

Mas é uma leitura muito interessante, terminei com o coração pesaroso, escravidão não é um tema que eu leia, está mesma estante de nazismo e guerra, podendo evitar, eu evito.

E foi isso.

Bjoo.