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sábado, 23 de março de 2019

De Amor e Sangue



044/200
Livro: De Amor e Sangue
Autor: Lesley Pearse
664 páginas
5 estrelas


Sinopse:


Somerset, 1836.
A recém-nascida Hope é a prova viva do adultério da mãe, a aristocrata Lady Harvey. A sua chegada a este mundo não é festejada e as lágrimas em seu redor não são de alegria. Imediatamente arrancada àquele meio privilegiado e entregue nas mãos dos Renton, uma família pobre mas acolhedora, Hope cresce sem saber a verdade sobre as suas origens. E quando chega o dia em que também ela tem de começar a contribuir para o sustento da família, é precisamente para os Harvey que trabalha. Deslumbrada perante a mansão luxuosa, a elegância dos seus patrões e a beleza que os rodeia, Hope enfrenta com brio e gratidão a extenuante rotina de trabalho.
Mas a descoberta de uma ligação proibida vai lançá-la sozinha para as ruas, para uma vida de miséria e solidão. É na adversidade, porém, que descobre uma força interior que desconhecia, bem como um talento para ajudar os mais fracos. Trata-se de um dom que não passa despercebido ao Dr. Bennett, que a leva consigo para a Crimeia, para ajudar a tratar dos feridos vindos dos sangrentos campos de batalha. Mas os segredos do passado teimam em vir ao de cima, e Hope tem ainda um longo caminho a percorrer na tentativa de enfrentar o legado do seu nascimento.





Antes de tudo, é um livro lindo e de fato é uma história De Amor e Sangue. A sinopse desse livro é perfeita, fica até difícil de comentar. A escrita da autora, bem, outra coisa que é difícil de comentar. Quem lê muito romance contemporâneo bobo como eu, estranha um pouco, mas não tem como negar a ótima escrita. Não posso dizer que ela floreia ou enche linguiça, mas ela enriquece a história. Se fosse eu, 400 páginas seriam suficiente, mas ler as 664 páginas também valeu.
Hope nasceu em segredo de um adultério, dada como morta a mãe, que era da aristocracia. Foi dada a uma família que a criou com todo amor. Hope sempre foi diferente. Forte, bonita, determinada e inteligente. Quem, na verdade, a criou foi uma das criadas que a ajudou a nascer, a Nell. Como ela cresceu em família pobre e numerosa a certa altura teve que trabalhar, mas antes disso ela já brincava com Rufus, seu meio-irmão, só que ninguém sabia. Nem a verdadeira mãe, pois tinha certeza que o bebê nasceu morto.
Nell é uma pessoa muito especial, amei, torci por ela, a bichinha sofreu que só. Uma sofredora que foi enganada na escolha do marido. Um homem mau. Mas Nell sempre foi doce com Hope e a criou como se fosse filha e depois da morte dos pais a levou morar com ela. E aí a coisa foi piorando, porque o marido de Nell era violento.
No decorrer do tempo a amizade de Hope e Rufus fortalece, segredos são descobertos, não sobre Hope, outros muito piores, e passam a ser usados como moeda de troca, chantagem. Nell sempre tentou proteger Hope, mas em dado momento a história dá uma reviralvota, porque ela descobriu o segredo do cunhado, que depois de uma surra dele foi obrigada a ir embora. Isso quando Nell estava de viagem com a patroa.
Hope passou maus momentos, mas graças a 2 indigentes, pode-se assim dizer, que passaram a ser amigos, foi salva e cuidada. E agora longe de casa e de todos que amava foi obrigada a se virar e a não se corromper com a sua nova realidade. Um lugar asqueroso, rodeado de doenças, ladrões e prostitutas.
Quando ela cuidou dos amigos que adoeceram e vieram a morrer, ela conheceu o Dr. Bennet. Que gostou dela assim que a viu. Foi através dele que ela passou a ser enfermeira. E eles se apaixonaram, e, claro, não poderia ser fácil, porque o tio de Bennet, que havia pago sua faculdade e era sócio, não era favor de um romance com uma moça que não fosse de sua classe. Para fugir do domínio do tio ele se alistou no exército e levou Hope junto para a guerra. Casados já. Eles juntos são lindos demais, e não se engane, demorou para eles ficarem juntos. Tudo que contei até aqui levou anos para acontecer. Nada foi fácil ou rápido.
Quando Nell voltou e soube da fuga da irmã, abandonou o marido, contou a patroa quem Hope era. A essa altura Hope tinha 16 anos e Nell tinha quase certeza que seu marido a havia matado. Quando procurava emprego ela se encontrou com o capitão Pettigrew que era pai de Hope e ele nem fazia ideia disso. Ele era um homem bonito e bondoso, e levou Nell para ser sua governanta.
Quando a guerra estourou capitão Pettigrew estava lá, e reconheceu Hope. Houve uma aproximação entre eles e Nell soube através dele que Hope estava viva.
Contando assim parece pouca coisa, mas a história é riquíssima. A autora mostra toda a dor e horror das ruas, das pessoas pobres, das doenças, da guerra e a consequência de segredos e chantagens, mas sobre tudo do amor.
A vida de Hope e de seus irmão não foi fácil, mas a ligação entre os irmãos e a criação deles no amor é muito bonito. O amor de Hope e Bennet é lindo. Enfim, é um livro lindo, com suas dores, lutas e amor. Mexe com o coração da gente. Vale muito a leitura. Mas se prepare para ter o coração apertadinho.
E foi assim.
Bjoo.




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